Perda da Identidade Kongo

Apesar do amor pela língua kikongo, o orgulho da rica cultura que os identificam como sendo um verdadeiro mukongo, tudo vai se perdendo por não caminhar com as tradições de N’totila.

Ao longo do tempo muitos bakongo não conseguiram aprender o que ser mukongo, forçados de abraçar tradições cujo objectivos é esvaziar o ‘kongonismo’ entre o povo kongo. O tempo contabilizou o que se perdeu e os riscos que ele possa causar no futuro, exactamente isso mais outras razães não mencionadas que provocam a perda da identidade kongo. Esta tendência tem sido impulsiva e há fortes possibilidades de continuar, se o próprio mukongo não tomar o destino das suas tradições; começando pela língua kikongo. Sim, a primeira vista isso pode não ser suficiente porque não é um dever para um só grupo de indivíduo, tendo em conta a complexidade da situação – mas (por outro lado) é preciso a mão do governo de angola no combate a morte (lenta) das tradições e valores nacionais, sendo eles parte do património nacional. Esta situação não acontece apenas nos bakongo, outras culturas e tradições angolanas sofrem o mesmo ‘hecatombe tradicional’.

O sinal positivo nesta crônica é que hoje a situação tende mudar o percurso, (com base em alguns indicadores nos meios sociais), muitos bakongo não tem dúvidas de ser mukongo ou do que querem ver concretizado em defesa do kikongo. O orgulho é cada vez mais patente, um sinal de que as coisas podem mudar de rítmo num tempo muito próximo. Alias, a atenção que o governo de angola tem dado no que toca as línguas nacionais, será esta um estimlante na concretização de muitos projectos nesta area. Kia Kongo tomou as suas iniciativas individualmente em prol dos mesmos objectivos “Ensinar e promover as culturas nacionais, começando em casa – Kikongo“.

Conforme escrevi no meu artigo – Kikongo de geração em geração, a iniciativa desta plataforma constitue um contributo na entrega correcta do testemunho kikongo para futuras gerações.