era a abolição das línguas africanas, transformação dos seus nomes e a ‘des-instrumentizacao’ da aprendizagem das suas culturas que seria em parte, o veiculo para uma aproximação às suas línguas. Mesmo assim, ‘séculos’ passaram, muitos africanos não entenderam que o perigo de morte das suas culturas passariam na retoma incondicional destas culturas, aprendizagem e prática das suas línguas – o que não tem acontecido – uma vergonha para os africanos.
É triste de ver no seio dos próprios africanos, a ignorância que se tem dada a esta matéria, afastando-se cada vez mais das suas origens. Enquanto os europeus lutam pelos seus valores e determinação do respeito às suas culturas, muitos africanos trabalham na destruição total do continente negro, sobre tudo as suas tradições.
Por razoes diversas, há africanos que continuam ser levados na onde de transformação dos seus nomes e abraçando culturas occidentais. O Mais fragrante em tudo issso é que os bakongo não fogem a regra. O que seria por destras deste episódio, cabe apenas a cada protagonista destes actos anti-africana.
O colonialismo fez as trincheiras para africanos cairem, baptizado-os com novos nomes assim aconteceu com os próprios reis do kongo dia n’totila, O Rei Nzinga Nkuvu passa por Rei Dom João I. Mas era e é necessário que o homem africano criasse seus próprios meios de passagem – em vez de continuar a caminhar na vergonhosa barricada deixada pelos seus colonos europeus. Vergonha, ignorância, complexo ou outras razões, tudo não passam de justificativos ‘minúsculas’ para este cenário.
Ainda me lembro de um caso que fez manchete em todos meios de comunicaçao social na Grã-Bretanha – quando o ex-primeiro ministro Britânico, David Cameron, denunciou o tratamento injusto que os Ingleses praticam no sector laboral. Tratou-se de um caso de uma jovem negra que não conseguia trabalho porque o seu nome nada tinha haver com os nome Ingleses. O então primeiro ministro, David Cameron, no seu discurso na Conferência do partido Conservador em 7 Outubro 2015 disse: “Uma jovem negra teve que mudar o seu nome para Elizabeth antes de receber qualquer chamada para entrevistas. Isto, na Grã-Bretanha do século XXI, é vergonhoso “. Este é um facto, mas não é uma razão para justificar o que está se passar na transformação dos nomes dos bakongo. Muitas vezes é por iniciativa e livre vontade dos próprios bakongo (sobre tudo na camada mais jovem) – embora haja casos nos quais os serviços de registos[1] contribuir na destruição da cultura Kongo.
Como disse David Cameron no caso vergonhoso da Grã-Bretanha do século XXI; também é vergonhoso numa África do século XXI, em tempo da globalização e das novas tecnologias, ver africanos continuar ter vergonha das suas origens, bakongo de Angola continuarem com vergonha dos seus nomes, da sua língua e tradições. Acreditamos a na dinâmica cultural das nacões, assim como no respeito e a valorização da diversidade, pena que só é aplicada quando se trata de não africano!
[1] Existia na embaixada de Angola em Lisboa, um dicionário de nomes para conferência caso queira registar uma criança. No dicionário não constava nomes kongo e foi negado que se registasse a criança com o nome que os pais deram. Sendo o pai natural do Uige, era óbvio que eles optassem por um nome conforme origens dos pais.