Escrita do Kikongo
A escrita do Kikongo é uma preocupação (para não dizer uma dor de cabeça) dos intelectuais linguísticos bakongo. Atualmente, não há ortografia padrão de Kikongo, com uma variedade de uso em literatura escrita, principalmente jornais, panfletos e alguns livros, para alem dos postes encontrado no mundo digital.
Kikongo foi a primeira língua Bantu que se comprometeu a escrever em caracteres latinos e teve o primeiro dicionário de qualquer língua Bantu. Um catecismo foi produzido sob a autoridade de Diogo Gomes, um jesuíta nascido em Kongo de pais portugueses em 1557, mas nenhuma versão existe hoje.
Cronologia da escrita do Kikongo.
Em 1624, Mateus Cardoso, outro jesuíta português, editou e publicou uma tradução Kongo do catecismo português de Marcos Jorge. O prefácio nos informa que a tradução foi feita por professores Kongo de São Salvador (Mbanza Kongo moderno) e provavelmente foi parcialmente o trabalho do Félix do Espírito Santo (também um Kongo).
O dicionário foi escrito em 1648 para o uso de missionários capuchinhos e o autor principal era Manuel Robredo, um sacerdote secular de Kongo (que se tornou um capuchinho como Francisco de São Salvador). Na parte de trás deste dicionário encontra-se um sermão de duas páginas escrito apenas em Kikongo. O dicionário tem cerca de 10.000 palavras.
Dança da ortografia da escrita do Kikongo.
Dicionários adicionais foram criados por missionários franceses para a costa do Loango na década de 1780, e uma lista de palavras foi publicada por Bernardo da Canecattim em 1805.
Missionários batistas que chegaram no Kongo em 1879 desenvolveram uma ortografia moderna da língua.
O dicionário e Gramática de W. Holman Bentley da língua Kikongo foi publicado em 1887. No prefácio, Bentley deu crédito a Nlemvo, um africano, por sua assistência. e descreveu “os métodos que ele usou para compilar o dicionário, que incluiu classificação e correção 25.000 folhas de papel contendo palavras e suas definições”. Eventualmente W. Holman Bentley com a assistência especial de João Lemvo produziu uma Bíblia cristã completa em 1905.
Futuro da escrita do Kikongo
A preocupação na escrita do Kikongo e de todos amantes do kikongo. Entendendo as dificuldades registadas desde a criação das primeiras escritas, e necessário encontrar uma saída gradual oferecendo soluções simples. Oficialmente não existe uma organização encarregada dos assuntos de língua kikongo, cada um trabalha no que pode para contribuir na aprendizagem desta língua, o que pode tornar a situação ainda pior ou não.
A existência de variantes do kikongo e a creolização deste, constituem uma rotura na criação de um kikongo moderno. um kikongo padrão. Nada é impossível se considerra os óbvios existentes no entendimento actual da historia da língua Kikongo. Isto é; analisar os objetivos tidos em conta quando criação dos primeiros dicionários, as dificuldades encontradas, os factores de influencia registados na produção das bases da escrita do kikongo. Tudos estes afactores estão ligados na origem dos erros e dificuldades que encontramos no kikongo.
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