Importância da escrita no entendimento do significado do nome
Aglutinando palavras é uma forma sábia de criar nome que transmite a ideia expressa por várias palavras. O que seria dos nomes bakongo, por exemplo Menakuntima, se não fosse o formato aglutinado? No entanto, deve se diferenciar o nome à da sua expressão original (o nome escrito na sua extenção ou no formato desaglutinado, ex. Mena ku ntima). Usando esta escrita ajuda para não cair em erro de compreensão. O que é representado em detalhe pode oferecer entendimento diferente à da representação globalizada. Optar por uma escrita correta é a única via para resultados concretos. É claro que ambos expressam a mesma ideia, mas a acepção pode não ser a mesma.
Observe as seguintes escritas e compare as interpretações que se pode fazer delas.
Variante 1:
- Menakuntima Mambi (A primeira interpretação é: um nome Menakuntima Mambi)
- Mena ku ntima Mambi (A primeira interpretação é: O que está no coração do Mambi)
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Repare bem na escrita das frases ou nomes, apesar das suas similaridades |
Variante 2:
- Menakuntima mambi (A primeira interpretação é: um nome Menakuntima mambi)
- Mena ku ntima mambi (A primeira interpretação é: O que está no coração é/está mal)
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Tópico: Formação e origem de nomes bakongo
Dificuldades e obstáclos no uso da nova forma de escrita
Não será comum que esta teoria venha a ser aplicada tâo sedo. Um dos factores é por ser muito jovem ou por ser vista como um acto de repugno a literatura antiga. Visto que, mesmo em dias de hoje, muitos ecritores bakongo cujo obras usam a escrituras ora denunciada. Também pode ser visto como um desafio a própria escrita do kikongo que é vista por algums como uma escrita sagrada2. Mas o certo é que ela aprsenta erros ‘justificáveis’ que duram séculos. O outro aspeto para contestar esta nova teoria será no âmbitos histórico da língua kikongo.
A cultura kongo é muito conservadora, não deixa mudar as coisas com facilidade. Todas mudanças são vistas como atentado a própria cultura, alegando ser cópia do que é dos outros. Para justificar o argumento é usado o provérbio kongo (kiaku kiaku, kia ngani kia ngani – O que é seu é seu o do outro é do outro). O pior seria se alguém aplicar a teoria escrita num outro provérbio kongo que diz: Dya mpitisa, ndembi zekola – O que se adiantou é irefutavél), quando se quer santificar3 o kikongo.
Factos marcantes na sua implementação
Na verdade, haverá muitas difculdades na implementação das novas formas de escrita na língua kikongo. Os hábitos antigos assim como o grande número de pessoas na communidade bakongo sem noções teoricas nem práticas desta língua, são outros afactores. Longe das razões atrás mencionadas, a outra barreira será da própria ala dos conservadores bakongo. Esta por sua vez, não acredita nas ideias que não são do seu “kimvuka” (própria ala). As únicas válidas são dos velhos que maracaram a história do kikongo ou dos estrangeiros que testificaram sobre estes. Muitos vivem do passado sem pensar que no futuro, a língua kikongo pode contar com dias melhores. Esquecendo que o que é santo pode ser santificado ainda mais.
A biblia afirma que Jesus reconheceu o facto de alguém vir fazer mais do que ele fez. “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai” – João 14: 12.
Viver do passado sem perspectiva de mudança
É uma realidade triste pensar que apenas as mentes de ontem as únicas capaz de entornar o copo de água. Duvidando e intimidando as mentes da nova geração, empurrando o criativismo desta geração nova contra tudo e todos — sobre tudo contra o pensamento dos antigos que marcaram a história do kikongo. Tudo para que não haja espaço na mudança do curso anormal ou reverter a tendência deste curso. O mas certo é o decrescimento da língua kikongo. Existe um declino assustador na utilização do kikongo na própria sociedade bakongo.
Não basta pensar no interesse que alguns estrangeiros mostraram em aprender kikongo (como algumas pessoas envocam) cantando vitória do passado. Mas é necessário medir o impacto destes feitos dentro da comunidade bakongo. “Em nada valerá se o filho kongo não pode falar kikongo enquanto se aponta o dado para um chinês que aprendeu kikongo“. O kikongo deve ser manifestado nos bakongo. O que foi ontem é resultado dos esforços dos que viveram aquela época, isto não deve ser usado como arma para intimidar as ações que se pretende meter em prática nos dias de hoje.
Seria inapropriada ter na mente argumentos para fragilizar os que humildemente se preocupam em dar sangue novo na valorização da cultura e língua kikongo. Apenas quem não tem nada de novo para oferecer pode pensar desta forma. “Se respeitar os distribuidores da informação antiga, não despreze os criadores da informação que se vai distribuir amanha“. Não pode existir concorrência nas ações de ontem com o de hoje, aliás o que foi do passado é um produto acabado e o que se faz hoje esta a ser feito! A formação e origem de nomes bakongo e algo que muitos desconhece, como tal requer uma atenção que nunca teve antes.
Santificação da Língua Kikongo
Em parte, a cultura kongo foi muito evangelizada para conseguir duma forma fácil o seu assassinato. Assim muitos misturam as duas coisas ou misturam alhos de bugalhos, não conseguindo diferenciar o que é tradição cultural da tradição religiosa que os missionários levaram em África e cujo reino do kongo foi vítima. Mas como é dito na própria língua kikongo, “Vova wizana” (Ao falar que a gente se entende).
Factores motivadores na nova escrita
A introdução desta forma de escrita no complexo universo de kikongo se deve na qualificação e actualização da língua kikongo, sem qualquer intenção de desafiar o passado histórico kongo. Uma resposta a pergunta como escrever bem o kikongo. Por outro lado, trata_se duma contribuição nobre para enriquecer e dinamizar cada vez mais, a literatura do kikongo; se considerarmos o que diz o ditado kongo “kinzu kia mate, nwa ye nwa“. Por outro lado, a ideia é genuinhamente uma contribuição na educação e conservação da herança deixada pelos ankulu (antepassados). Porque é dito em kikongo, Wa dia fwa, landa nsengo (Se herdar alguma coisa, aumenta nela algo seu).
A literatura de qualquer língua deve ser revisada para melhor adaptar-se no modernismo sem perder a sua identidade. Este é um fator que torna a língua única e especial no contexto sociocultural.
Conclusão no uso da nova escrita
É óbvio que a escrita destes nomes na sua forma composta (o que não se deve quando não se trata de nome), em muito vai influenciar a escrita fraseológica da sua forma original. Para uma boa compreensão e melhor interpretação do texto escrito, a ideia transmitida por detrás destas palavras deve ser apresentada na escrita singular.
A escrita decomposta ou singular é a forma desaglutinada do nome composto. Quando queremos escrever por exemplo: “O que o cão vê morre dentro do seu coração” (Ma mona mbwa, ma fwila ku mbundu) esta seria a melhor escrita segundo a teoria aqui avançada — a decomposição das palavras/nomes para a sua forma original (forma desaglutinada). Mas contráriamente a esta, muitas vezes ou na sua generalidade encontramos a mesma frase escrita no formato composto que é: (Mamonamebwa mafwila kumbundu). Esta é a forma errada de escrever kikongo no ponto de vista à teoria ora defendida.
[Como escrever bem o kikongo] |
1 A gramatica kikongo tem como base a gramática standard latina conforme primeiras escritas do próprio kikongo pelos não bakongo
2,3 A língua kikongo não deve ser ensinada como se ensina o envagêlho, (Apocalipse 22:18,19) — ka lu komi ko, ka lu katudi ko, mena ma soneka Zua ma lu landa.
(PT) Português, (FR) Français, (GB) English – V. Verbo/Verbe/Verb
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Nota: Para completar a ideia avançada neste tópico e as principais causas para melhorar a escrita de kikongo, os artigos abaixo são anexos importante para tirar melhor partida da riqueza cultural existente no kikongo.
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Topico: Como escrever bem o kikongo