Ainda podemos
Os sinais do tempo indicam que ainda podemos reverter o percursos das coisas que originam a morte lenta das tradições e costumes africanos, sobre tudo as línguas africanas.
Independentemente das nossas crenças, ideologias e afinações politicas, juntos podemos trabalhar em defesa das nossas culturas, em particular; as línguas nacionais.
Sendo um mukongo, acredito que podemos recolocar o kikongo no mapa, repetindo desta forma o sucesso registrado nos tempos dos nossos antepassados [na era do Kongo dia Ntotila,] quando o kikongo era elemento de influencia na formação de muitos crioulos e referência atractiva em muitas outras línguas ocidentais.
Mas ‘no mistake’. Para que isso volte a acontecer, é preciso que trabalhemos juntos e é necessário unir forcas na mesma direcção. É necessário que cada um dê um pouco da luxarias que temos – o tempo. Sim, sempre acreditei que o tempo é um luxo que cada um tem que muitos não gostam dar a outros ou não querem perder para fins não particulares.
Mas a saúde actual das nossas línguas depende deste remédio – o nosso sacrifício. É preciso que cada um se sente como agente da solução, sem o qual seria o ultimo golpe fatal das nossas línguas. No caso particular do kikongo, não há dúvidas que isto seria um ‘faux pas’ que vai assinar o certidão de óbito da língua do Ntotila .
Origem/Autor: cPM – Patricio Mamona Chief Feature Writer